Robson Pandolfi (1987-2018)

Robson Pandolfi foi sócio-diretor da República – Agência de Conteúdo

Robson Pandolfi.

07/02/2018

Os bons velocistas têm mais fibras musculares de contração rápida do que a média. São esses músculos que lhes garantem a explosão necessária para correr 100 metros em menos de 10 segundos. Os bons alpinistas têm mais glóbulos vermelhos do que a média. Esses glóbulos transportam mais oxigênio corpo adentro, e permitem enfrentar melhor o ar rarefeito das montanhas.

Os bons jornalistas também têm uma característica definidora: eles são mais curiosos do que a média. Os glóbulos vermelhos desses profissionais é o apetite incontrolável por novas informações. E é essa peculiaridade que permite aos grandes jornalistas transitar entre várias áreas do conhecimento com a mesma desenvoltura.

Robson Pandolfi era um desses grandes.

Sócio desta República – Agência de Conteúdo, Robson Pandolfi era jornalista, ganhador dos prêmios CNI e FIEP de Jornalismo Econômico. Tinha especialização em Política Internacional e fazia mestrado em Computação Aplicada, com pesquisas voltadas para as aplicações da Inteligência Artificial no jornalismo. Como professor universitário, ministrou aulas de jornalismo literário, relações internacionais e jornalismo de dados.

Mas a vida não era só trabalho. Natural de Mariano Moro, cidade na divisa com Santa Catarina e que abriga 2.210 habitantes segundo o último censo demográfico, “Rob” era ávido por encontros e churrascos – amigos estimam que ele preparava de dois a três assados por semana.

“Era um amigão antes de tudo, um amigão de todo mundo”, diz o jornalista Ricardo Lacerda, seu sócio na República. “Sujeito muito afetuoso, cumprimentava com um tapão que quase desmontava a gente”, lembra o jornalista Leonardo Pujol, seu outro sócio na agência.

Nada afeito a despedidas, Robson Pandolfi partiu cedo, aos 30 anos. Morreu afogado em 6 de janeiro de 2018, um sábado, enquanto passava as férias com amigos e familiares no litoral do Uruguai. Deixou os pais, a irmã e a namorada. E um legado de infinitas virtudes.

Sentimos saudades.

O texto inclui trechos de homenagens publicadas nos jornais Zero Hora e Folha de S. Paulo, e na revista Superinteressante