20/06/2025
A obrigatoriedade começa em 2026, mas a corrida das empresas brasileiras para adaptar o relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade às normas globais ISSB S1 e S2 já começou.
Reportagem recente do jornal Valor Econômico destaca que a mineradora Vale e varejista Lojas Renner já se anteciparam à normativa – que exige, a partir do próximo ano, que companhias abertas, fundos de investimento e securitizadoras sigam os padrões definidos pelo ISSB (International Sustainability Standards Board), conforme a resolução 193 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
A Vale divulgou o relatório em junho de 2025. A Renner prevê o documento para setembro.
Segundo especialistas, a obrigatoriedade do relatório adaptado às normas ISSB S1 e S2 inaugura uma nova era de reporte corporativo no Brasil – e será decisiva para o amadurecimento do mercado de capitais brasileiro no que tange à transparência e à integração de critérios de sustentabilidade à estratégia empresarial.
À medida que o prazo de adequação se aproxima, o Blog da República se propõe a explicar o que são os padrões ISSB S1 e S2, a importância deles e o desafio que as empresas podem enfrentar.
O que são os padrões ISSB S1 e S2?
Criados pela Fundação IFRS, os padrões ISSB foram desenvolvidos para atender a uma demanda crescente de investidores por informações mais claras, transparentes e padronizadas sobre sustentabilidade.
- ISSB S1 trata da divulgação de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade de maneira ampla — ou seja, como riscos e oportunidades ESG afetam o desempenho e a estratégia da empresa.
- ISSB S2 dá destaque às mudanças climáticas e exige que as empresas reportem como esse fator impacta seus negócios, com detalhamento de estratégias, metas, governança e métricas.
Ao contrário do modelo GRI, já abordado em outro texto, os padrões ISSB são orientados ao investidor. O objetivo não é apenas contar o que e como a empresa faz, mas explicar como esses fatores influenciam seus resultados financeiros.
A importância do novo formato
Empresas brasileiras publicam relatórios de sustentabilidade há anos, mas normalmente adotam modelos focados na comunicação institucional ou no relacionamento com stakeholders amplos. A chegada do ISSB muda o jogo.
“Com os padrões ISSB S1 e S2, espera-se uma integração real entre sustentabilidade e estratégia corporativa. Mas, para que os dados façam sentido e impressionem de verdade, os relatórios vão precisar de narrativa, coerência e clareza”, diz Leonardo Pujol, sócio da República – Agência de Conteúdo.
Mais do que apenas um anexo bonitinho no site, o novo relatório será um documento-chave de tomada de decisão para investidores.
Desafios impostos pelos padrões ISSB S1 e S2
O processo de adequação aos novos padrões não é tão simples quanto parece.
Entre os principais desafios estão:
- Entender o conceito de materialidade financeira;
- Integrar áreas como sustentabilidade, RI (Relações Institucionais), jurídico e compliance à produção do relatório;
- Levantar dados confiáveis e comparáveis;
- Escrever com clareza e precisão para diferentes públicos: de reguladores a investidores internacionais;
- Conciliar as novas exigências com modelos anteriores, como GRI ou SASB.
Se sua organização já publica relatórios no padrão GRI, é necessário revisar estrutura, indicadores e abordagem narrativa para refletir os critérios das normas S1 e S2.
A formação de um comitê interno multidisciplinar, com apoio técnico especializado, é recomendada. Mas tão importante quanto os dados é a forma de apresentá-los. Por isso, muitas empresas podem buscar parceiros experientes em comunicação e produção editorial para garantir que os relatórios cumpram sua função estratégica.
A experiência de uma agência de conteúdo
Na República, ajudamos empresas a traduzir ações complexas em narrativas consistentes, relevantes e alinhadas às boas práticas de ESG e finanças sustentáveis.
Entre as grandes empresas e organizações que já confiaram seus relatórios à República estão: Mercur, Habitasul, Irani, Bem Promotora e CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Nosso trabalho combina:
- Redação editorial especializada em ESG e informações financeiras;
- Edição de conteúdo técnico;
- Estruturação do relatório em linguagem clara, atrativa e objetiva;
- Adequação aos padrões exigidos pelos clientes e parceiros.
Em mercados competitivos, a diferença entre o bom e o excelente está em quem executa. Por isso, contratar uma empresa especializada para produzir seus relatórios não é um luxo – é uma decisão estratégica.
Conclusão: está chegando a hora
A adequação do relatório de informações financeiras relacionadas à sustentabilidade das empresas às normas globais ISSB S1 e S2 não é apenas uma obrigatoriedade normativa. É uma oportunidade para as organizações se posicionarem globalmente, acessarem novos mercados de capital e fortalecerem sua reputação.
Se sua empresa ainda não começou a produzir o relatório, o momento de agir é agora.